Disseminando conhecimentos - Exercícios de tradução
De
Tereza
Pultarova, colaboradora da Live Science | 15 de janeiro
de 2018
Ser
criativo é fazer conexões - pelo menos para o seu cérebro.
Em
um novo estudo, cientistas descobriram que os cérebros de pessoas
altamente
criativas possuem mais conexões entre três regiões específicas,
quando comparados aos cérebros dos menos criativos. Além disso,
cérebros mais criativos foram mais eficientes em ativar essas
regiões de forma coordenada, em comparação com outros cérebros.
As
três regiões
cerebrais
são bem conhecidas pelos cientistas, disse o autor principal do
estudo, Roger Beaty, pós-doutorado e estudante de neurociência
cognitiva na Universidade de Harvard. E incluem a rede padrão, que
está envolvida no pensamento espontâneo e na imaginação; a rede
saliente, que captura informações importantes do meio ambiente; e a
rede de controle executivo, que está envolvida em funções de
controle cognitivo e avaliação. [10
coisas que você não sabia sobre o cérebro]
E,
embora a rede padrão pareça ser a principal fonte de criatividade,
as pessoas precisam das redes saliente e de controle executivo, que
atuam como uma espécie de crítico interno, julgando se as idéias
são boas ou úteis para uma determinada tarefa, informou Beaty.
"Você
tem esses três sistemas distintos que estão localizados em
diferentes partes do cérebro, mas todos são co-ativados ao mesmo
tempo", segundo Beaty. "As pessoas com melhor capacidade de
co-ativá-las são as que apresentam as reações mais criativas".
Para
medir a criatividade
e as conexões cerebrais, os pesquisadores escanearam os cérebros de
cerca de 160 participantes usando ressonância magnética funcional
(fMRI), uma ferramenta que monitora a atividade cerebral medindo
mudanças no fluxo sanguíneo em várias áreas do cérebro. Com as
cabeças dentro do scanner, os participantes foram convidados a
realizar uma tarefa de pensamento criativo chamada pensamento
divergente. Isso envolvia inventar formas criativas para usar objetos
comuns, como uma faca, um copo ou um tijolo.
"Apenas
pensar em maneiras novas e incomuns de usar tais objetos, mostrou ser
uma forma válida de medir o pensamento criativo", disse Beaty.
Os
pesquisadores descobriram que a realização da
tarefa
de pensamento divergente ativou, simultaneamente, as três redes no
cérebro. E quanto maior a interconexão e sincronização dessas
três redes, melhor era o desempenho na citada tarefa. Em outras
palavras, quanto mais conectado e sincronizado é o cérebro, melhor
é a sua criatividade.
Depois
de estabelecer o que distingue os cérebros das pessoas criativas
daqueles menos criativos, os pesquisadores queriam ver se poderiam
reverter o processo e usar a atividade do cérebro como previsor do
desempenho criativo.
"Nós
tínhamos conjuntos de dados de estudos publicados anteriormente, nos
quais pessoas executavam tarefas similares de
pensamento criativo
, e queríamos ver se alguém com conectividade fraca [nessas redes]
teria idéias menos criativas do que alguém com conectividade mais
forte ", revelou Beaty. "E foi o que encontramos em três
conjuntos de dados".
Os
pesquisadores estão agora planejando procurar padrões semelhantes
de atividade
cerebral
em áreas específicas de criatividade, como a escrita ou a música,
disse Beaty. Além disso, os cientistas querem descobrir se a
atividade do cérebro pode, de fato, mudar à medida que as pessoas
se tornem mais proficientes em certas habilidades, disse ele.
O
estudo foi publicado hoje (Jan. 15) no jornal Procedimentos
da Academia Nacional de Ciências.
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