segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Felicidade? Não é esse o propósito da vida.



Disseminando conhecimentos - Exercício de tradução

Tradicionalmente, o termo "feliz" é sinônimo de boa sorte.
Apareceu na língua inglesa ("happy") em torno do século 14, e não era algo que as pessoas buscavam ativamente. Pensava-se em algo do tipo acidental, acontecia com você ou não. Só após o século 16 é que palavra começou a ser associada com prazer e contentamento.

Até mesmo os gregos e os romanos, que nos introduziram na filosofia clássica, desconheciam essa  noção moderna de felicidade. Para eles, a felicidade era, de fato, o objetivo principal da vida, mas tinham uma definição muito diferente do significado do termo.

Ao invés de vê-lo como um estado emocional, sua ideia de uma vida feliz foi construída sobre algo mais. Não um evento, mas sobre uma vida em harmonia com nossa própria natureza, incluindo a aceitação de sofrimento e desconforto.

Se você perguntar a uma pessoa comum de hoje, o que eles querem da vida, a maioria irá dizer que quer ser feliz. Se aprofundar o que isso significa para essas pessoas, dirão que querem se sentir bem e confortáveis, e estar à vontade.

Na superfície, isso parece bastante inocente, mas a realidade é que essa busca da felicidade é realmente a causa de grande parte da nossa miséria.

A noção de que o prazer e o contentamento são a solução para todos os problemas da vida e que, uma vez que você adquire esses estados, tem tudo o que precisa, é, na pior das hipóteses,  pequena e perigosa.

A vida é muito maior do que a felicidade.

Por que não Felicidade?

Eu me considero uma pessoa razoavelmente feliz. Na maioria dos dias, há uma linha  geral da qual desvio pouco,  e não por muito tempo. Eu sou bastante afortunado de muitas maneiras, e estou mais do que grato por isso.

Tenho o suficiente. Não preciso ser rico demais. Não me importo com a fama. Aceito  o fato de que me comparar com os outros é uma perda de tempo, e não quero ficar refém de tentações hedonistas para o resto da minha vida. Não há nada mais de que eu realmente precise.

No entanto, escrevo. E quando escrevo, quero que seja bom, e que as pessoas leiam. Eu tenho minhas ambições gerais, e há coisas que eu quero realizar. Trabalho muito duro, e nem sempre é divertido. Mas se já estou contente, por quê?

Porque sei que se não tivesse algum tipo de desejo por algo mais, então deixaria de me sentir satisfeito.

A razão é simples. A causa da minha felicidade não é que eu tenha o suficiente, mas é que trabalhei para chegar a um ponto em que tenho o suficiente. Não é que acordei uma manhã, não me importando com o que alguém pensa, ou de repente decidido que os prazeres hedonísticos não eram importantes, é que passei muito tempo pensando que essas coisas eram importantes, sofrendo por isso, e depois trabalhando para torná-las sem importância. A diferença é sutil, mas crítica.

Minha felicidade não é um produto do "eu obtendo o que quero". É o subproduto dos diferentes desafios que, proativamente, superei para ganhar o que quero. São as expectativas que conheci ou reavaliações ao longo do tempo.

Preciso de algo no que trabalhar para obter o que quero. Se eu parasse de perseguir as coisas amanhã, minha felicidade prolongada escaparia. Ao longo do tempo, deixaria de significar qualquer coisa, e eu não seria capaz de reabastecê-la simplesmente desejando mais.
Devido à sua natureza em fuga, a felicidade sozinha não é suficiente.

Dificuldades são sempre ruins?

De muitas maneiras, os seres humanos podem ser caracterizados como algoritmos biológicos. Não é uma analogia inteiramente perfeita, mas funciona muito bem para explicar nosso comportamento.

Nós respondemos aos "estressores" em nosso ambiente, considerados como insumos, modulando nossas ações, produzindo uma dinâmica que ao final gere resultados favoráveis. A longo prazo, o quão bem fazemos isso, determina a nossa capacidade de prosperar.

No mundo moderno, temos muitas escolhas em termos das exposição, em diversos níveis de  tensão, às quais queremos nos entregar, . A maioria de nós poderia passar pela vida tentando evitar desafios significativos que surgem em nosso ambiente, mas isso requer uma forma de escapismo e não é necessariamente uma coisa saudável.

Você pode evitar temporariamente uma briga com seu parceiro, ou suprimir o desejo de trabalhar em direção a um objetivo, mas, eventualmente, algo vai acontecer. Em algum momento, o desconforto será inevitável.

Embora a felicidade seja melhor definida como um estado de contentamento, na verdade, não evoluímos em tal condição. Evoluímos por meio de lutas intermináveis, e competições, então, por natureza, não recebemos recompensas num estado de felicidade constante.

Embora algumas partes da sociedade tenham levado essas características ao extremo, incentivando os sistemas e corporações que nos cercam, essa necessidade intrínseca de mais, não é algo que podemos ignorar. Precisamos ser melhores, progredir e sentir mais do que apenas o suficiente.

Isso significa perseguir alguma ambição, assumir dor e expor-se à pequenas variações em estados emocionais. Fazer essas coisas em extremos não é a solução, mas desviar-se de uma mediana confortável é o que realmente nos permite manter uma condição-base que podemos chamar de felicidade.


Sem lutar contra algo, o suficiente deixaria de ser suficiente.

Qual é o seu caso?

A felicidade não é obtida. É ganho. Não é o produto. É o subproduto.

Por esta razão, a ideia de que um estado sereno de felicidade pode ser sustentado com prazer e satisfação, embora sedutora, é equivocada. A longo prazo, é preciso mais do que isso. É preciso esforço.

O reconhecimento é importante, com certeza, mas deverá estar bem ajustado, de forma a não se tornar uma busca de soluções em motivações não essenciais, pois essas coisas apenas, não vão te levar muito longe. O verdadeiro segredo é viver uma história.

É criar um roteiro que o incentive adequadamente a escolher o nível de desconforto e sofrimento necessários para sustentar uma realização mais profunda. Isso realmente o manterá em movimento. É isso que faz a diferença.

"Aquele que tem pelo que viver, pode suportar quase qualquer tipo de como viver ", escreveu Nietzsche em O CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS.

Para o pintor, são os 10 anos passados na frente da tela, praticando sem qualquer esperança de fazer um centavo, porque ele sabe como é olhar uma pintura de Van Gogh e sentir algo que não pode ser descrito.
Para o empresário, são as noites sem sono e os riscos desgastantes para levar um produto ao mercado, porque esse é o tipo de desafio e incerteza que o torna melhor hoje do que era ontem.
O seu roteiro é que irá determinar os tipos de obstáculos convidados para a sua vida, e ultrapassar  esses obstáculos é, em última análise, o que dará às emoções que você sente, qualquer tipo de significado real. É assim que seu valor é obtido.
Se você cuidar da sua história, a felicidade não precisa ser suficiente. Você ganha algo melhor. Você obtém uma realização sustentável.




Gostou? Acha que poderia ser útil para mais alguém? Enriqueça suas redes sociais compartilhando num dos ícones abaixo (facebook, google +, twitter).





segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Cópias do DNA - A imprevisível loteria do câncer e o estilo de vida saudável





Disseminando conhecimentos - Exercício de tradução

Um novo estudo lança luz sobre o câncer que muitas vezes atinge pessoas com estilos de vida saudáveis.

A maioria das mutações do câncer deve-se a erros aleatórios de "copiar" DNA, e não por questões hereditárias ou devido a fatores ambientais, dizem pesquisadores do Johns Hopkins.

Um novo estudo realizado por cientistas do Johns Hopkins fornece evidências de que erros aleatórios na cópia de DNA, imprevisíveis, representam quase dois terços das mutações que causam câncer.

Os pesquisadores dizem que suas conclusões são apoiadas por estudos epidemiológicos mostrando que cerca de 40% dos cânceres podem ser prevenidos evitando ambientes e estilos de vida pouco saudáveis. Mas entre os fatores que impulsionaram o novo estudo, eles acrescentam: o câncer freqüentemente atinge as pessoas que seguem todas as regras da vida saudável - não-fumante, dieta saudável, peso saudável, pouca ou nenhuma exposição a carcinógenos conhecidos - e não têm antecedentes familiares da doença - provocando a dolorosa pergunta: "Por que eu?"

"Já se sabe que devemos evitar fatores ambientais como o tabagismo, para diminuir nosso risco de câncer. Mas não é tão conhecido o fato de que cada vez que uma célula normal se divide e copia seu DNA para produzir duas novas células, ocorrem vários erros ", diz Cristian Tomasetti, professor assistente de bioestatística no Johns Hopkins Kimmel Cancer Center e Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health. "Os erros no processo de copiar são potenciais fontes de mutações de câncer que, historicamente foram subestimados pela ciência, e este novo trabalho fornece a primeira estimativa da fração de mutações causadas por tais erros".

Bert Vogelstein, co-diretor do Centro Ludwig no Kimmel Cancer Center, acrescenta: "Precisamos continuar a incentivar as pessoas a evitarem agentes ambientais e estilos de vida que aumentem o risco de desenvolver mutações câncerígenas. No entanto, muitas pessoas ainda desenvolverão câncer devido a esses erros aleatórios de cópia de DNA. Portanto, métodos melhores para detectar mais cedo todos os tipos de cânceres, enquanto ainda possam ser curados, são urgentemente necessários ".


A pesquisa de Tomasetti e Vogelstein será publicada na revista Science.

Os esforços atuais e futuros para reduzir os fatores de risco ambientais conhecidos, afirmam, terão grandes impactos na incidência de câncer nos EUA e no exterior. Porém, alertam que o novo estudo confirma a pouca atenção científica dada às estratégias de detecção precoce do grande número de cânceres causados por erros aleatórios de cópia de DNA.

"Esses tipos da doença ocorrerão independentemente do quão perfeito sejam as condições do ambiente", diz Vogelstein.  

Em um estudo anterior, escrito por Tomasetti e Vogelstein, em 2 de janeiro de 2015, publicado na Science, a dupla relatou que os erros de cópia de DNA poderiam explicar por que certos tipos de cânceres nos EUA, como os do cólon, ocorrem mais comumente do que outros tipos de câncer , como o câncer cerebral.

No novo estudo, os pesquisadores abordaram uma questão diferente: qual fração de mutações cancerígenas é devida a erros de cópia de DNA?

Para responder a esta pergunta, os cientistas examinaram de perto as mutações que impulsionam o crescimento celular anormal entre 32 tipos de cânceres. Eles desenvolveram um novo modelo matemático usando dados de sequenciação de DNA do Cancer Genome Atlas e informações epidemiológicas da base de dados do Cancer Research UK.

De acordo com os pesquisadores, geralmente ocorrem duas ou mais mutações genéticas críticas para que o câncer surja. Em uma pessoa, essas mutações podem ser devidas a erros aleatórios de cópia de DNA, ao meio ambiente ou a genes herdados. Conhecendo isso, Tomasetti e Vogelstein usaram seu modelo matemático para mostrar, por exemplo, que, quando as mutações críticas nos cânceres de pâncreas são agregadas, 77 % delas são devidas a erros aleatórios de cópia de DNA, 18 por cento a fatores ambientais (como fumar), e os 5% restantes em razão da hereditariedade.

Em outros tipos da doença, como os de próstata, cérebro ou osso, mais de 95% das mutações são devidas a erros aleatórios de cópia.

O câncer de pulmão, eles observam, apresenta uma imagem diferente: 65 por cento de todas as mutações são devidas a fatores ambientais, a maioria pelo fumo, e 35 por cento são devidos a erros de cópia de DNA. Não se sabe que fatores hereditários desempenham um papel nesse tipo da doença.

Dentre 32 tipos da doença, estudados, os pesquisadores estimam que 66 % das mutações cancerígenas resultaram de erros no processo de cópia, 29% podem ser atribuídos a fatores no estilo de vida, e os 5 % restantes são hereditários.

Os cientistas comparam sua abordagem às tentativas de resolver a causa de "erros de digitação" ao digitar um livro de 20 volumes: estar cansado ao digitar, representa exposições ambientais; uma tecla presa ou faltando no teclado, representa fatores herdados; e outros erros tipográficos que ocorrem aleatoriamente, representam erros de cópia de DNA.

"Você pode reduzir sua chance de erros tipográficos, certificando-se de que não está sonolento ao digitar, e que em seu teclado não faltam teclas", diz Vogelstein. "Mas os erros de digitação ainda ocorrerão, porque ninguém pode digitar perfeitamente. Da mesma forma, ocorrerão mutações, independentemente do seu ambiente, mas você pode tomar medidas para minimizar essas mutações, limitando sua exposição às substâncias perigosas e estilos de vida pouco saudáveis".

O estudo de 2015 de Tomasetti e Vogelstein criou um debate vigoroso de cientistas que argumentaram sobre a análise publicada anteriormente não incluir câncer de mama ou próstata, e refletir apenas a incidência nos Estados Unidos.

Tomasetti e Vogelstein, agora relatam um padrão semelhante em todo o mundo. Eles argumentaram que quanto mais células se dividem, maior o potencial para os chamados erros de cópia no DNA. Compararam o número total de divisões de células-tronco, com dados de incidência de câncer, coletados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre câncer, de 423 registros de pacientes com a doença, oriundos de 68 países, - excluindo os Estados Unidos - representando 4,8 bilhões de pessoas - mais da metade da população mundial.  Desta vez, os pesquisadores também foram capazes de incluir dados de câncer de mama e próstata. Eles encontraram uma forte correlação entre a incidência de câncer e as divisões celulares normais entre 17 tipos de câncer, independentemente do ambiente ou estágio de desenvolvimento econômico dos países.

Tomasetti diz que esses erros aleatórios de cópia de DNA, só serão mais importantes à medida que as sociedades enfrentam o envelhecimento da população, prolongando a oportunidade para que nossas células façam cada vez mais erros de cópia de DNA.

E porque esses erros contribuem com uma grande fração de surgimento da doença, Vogelstein diz que as pessoas com câncer e que evitam fatores de risco conhecidos, devem ser confortadas por suas descobertas.

"Não é culpa sua", diz Vogelstein. "Nada do que você fez, ou não fez, foi responsável por sua doença".



Gostou? Acha que poderia ser útil para mais alguém? Enriqueça suas redes sociais compartilhando num dos ícones abaixo (facebook, google +, twitter).



Texto origina, clique aqui                Outras matérias traduzidas, clique aqui

TRABALHOS DE TRADUÇÃO PUBLICADOS, clique aqui

















segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Intuição, a mais importante forma de inteligência



Disseminando conhecimentos - Exercícios de tradução
Intuição, argumenta Gerd Gigerenzer, diretor do Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano, é menos sobre, de repente, "conhecer" a resposta correta e mais sobre a compreensão instintiva de que a informação é sem importância e, portanto, pode ser descartada.

Gigerenzer, autor do livro Gut Feelings: The Intelligence of the Inconscious, diz que é intuitivo e racional. "No meu trabalho científico, tenho pressentimentos. Não posso explicar sempre por quê penso que um determinado caminho é o certo, mas preciso confiar nisso e continuar. Também tenho a habilidade de analisar essas sensações e descobrir de que se tratam. Essa é a parte da ciência. Agora, na vida privada, eu confio no instinto. Por exemplo, quando conheci minha esposa, não fiquei perdido em cálculos, nem ela".
Estou falando sobre isso porque, recentemente, um dos meus leitores, Joy Boleda, levantou uma questão que me fez repensar algumas coisas:

E sobre a intuição? Nunca foi intitulada como uma forma de inteligência, mas você acredita que alguém que tenha uma grande intuição, possa ser mais inteligente?

Meu "instinto visceral" é dizer sim, especialmente quando falamos de pessoas que já são intelectualmente curiosas, rigorosas na busca do conhecimento e que estão dispostas a desafiar seus próprios pressupostos.

De forma um pouco mais simples: Se tudo que você faz é sentar em uma cadeira e confiar na sua intuição, não estará exercendo muita inteligência. Mas se mergulhar profundamente em um assunto, e estudar numerosas possibilidades, você estará exercendo inteligência quando seu instinto lhe diz o que é - ou não é - importante.

Em alguns aspectos, a intuição poderia ser pensada como uma compreensão clara da inteligência coletiva. Por exemplo, a maioria dos sites da Web está organizada de forma intuitiva, o que significa que é fácil para a maioria das pessoas entender e navegar. Esta abordagem evoluiu após muitos anos de caos on-line, e uma sabedoria comum surgiu sobre as informações supérfluas e o que era essencial (ou seja, Sobre Nós = essencial).

Theo Humphries argumenta que o "objeto intuitivo" pode ser descrito como "compreensível sem o uso de instruções". Isso é verdade quando algo faz sentido para a maioria das pessoas, em virtude de compartilharem um entendimento comum sobre o modo como aquilo funciona.

Você pode dizer que sou um crente no poder da intuição disciplinada. Faça o seu trabalho pesado de pesquisa, use o seu cérebro, compartilhe argumentos lógicos e eu confiarei e respeitarei seus poderes intuitivos. Mas se você, simplesmente senta na cadeira e me pede para confiar na sua intuição, rapidamente vou sair pela porta sem me despedir.
Digo isso por experiência pessoal; Quanto mais pesquisas eu faço, melhor a minha intuição funciona.

Embora isso possa ser uma paráfrase dos pensamentos de Albert Einstein sobre o assunto, ele é citado como sendo o autor da frase: "A mente intuitiva é uma dádiva sagrada e a mente racional é um servo fiel. Criamos uma sociedade que honra o servo e ignora a dádiva. "

Às vezes, a pressão corporativa, o consenso de grupo, ou o seu desejo de produzir um determinado resultado, pode fazer com que sua mente racional vá na direção errada. Em momentos como esses, é a intuição que terá o poder de salvá-lo. O "mau-pressentimento" é a sua intuição dizendo-lhe que, não importa o quanto você possa estar inclinado em determinada direção, aquele é o caminho errado.

Pessoas inteligentes ouvem esses sentimentos. E as pessoas mais inteligentes entre nós - as que conquistam grandes avanços intelectuais - não o fazem sem aproveitar o poder da intuição.



Gostou? Acha que poderá ser útil para mais alguém? Enriqueça suas redes sociais compartilhando num dos ícones abaixo (facebook, google, twitter).

texto original, clique aqui                               Trabalhos publicados do tradutor


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

GUERRA DOS MUNDOS: RETALIAÇÃO -Tradução terminada. Disponibilizada a versão digital em português


The young GEORGY ZHUKOV becomes a character in the adventure of Mark Gardner and J.J. Rust: WAR OF THE WORLDS: RETALIATION. See details in https://tonyed35.wixsite.com/traduzindo/trabalhos


O jovem GEORGY ZHUKOV vira personagem na aventura de Mark Gardner e J.J. Rust: GUERRA DOS MUNDOS: RETALIAÇÃO.  Veja os detalhes em https://tonyed35.wixsite.com/traduzindo/trabalhos

Translator's note:Translating this work from Gardner and Rust have been like watching a war movie. One of those you do not want to leave the room, nor to get popcorn.




Nota do tradutor: Traduzir essa obra de Gardner e Rust, tem sido como assistir a um filme de guerra.  Um daqueles que você não quer sair da sala, nem para pegar pipoca.

P.S. - TRADUÇÃO DE "GUERRA DOS MUNDOS:RETALIAÇÃO", TERMINADA e Publicada na APPLE, KOBO, SCRIBD, BARNES & NOBLE.  ver abaixo os links:

Publicado na Kobo:https://www.kobo.com/br/pt/ebook/guerra-dos-mundos-retaliacao

Publicado na Apple:https://itunes.apple.com/us/book/id1278798581

Publicado na Barnes and Noble: https://www.barnesandnoble.com/w/guerra-dos-mundos-john-j-rust/1127061145?ean=2940154863893


Publicado na SCRIBD - https://pt.scribd.com/book/357956490/Guerra-dos-Mundos-Retaliacao



Osteoporose - testes com nova droga para combate à doença.






Impressão em 3D do modelo de uma tíbia com massa óssea porosa, à esquerda, e outro, à direita, que mostra a acumulação de massa óssea após o tratamento com a nova droga desenvolvida pela Radius.


Disseminando conhecimentos - Exercício de tradução
Abrangente ensaio clínico com uma nova droga para combate à  osteoporose, descobriu propriedades que estimulam o crescimento ósseo e evitam as fraturas.  O novo fármaco mostrou-se tão eficiente quanto a única outra droga com essa finalidade já presente no mercado. O novo medicamento, após obter a aprovação dos reguladores federais, poderá oferecer  outra opção de tratamento para alguns dos 10 milhões de americanos - 80 por cento deles, mulheres - que sofrem com a doença que enfraquece os ossos e, muitas vezes, leva a anos de dor, deficiência e morte precoce.

Os especialistas concordam com a urgência de novos medicamentos para tratar essa doença debilitante. As pessoas com osteoporose têm ossos que são frágeis e quebram facilmente. Massa óssea é naturalmente perdida com a idade. Mas a osteoporose é uma perda óssea extrema e anormal, que pode causar fraturas devastadoras, particularmente da coluna vertebral e do quadril. No entanto, a maioria das pessoas com osteoporose não toma medicamentos para prevenir fraturas, de acordo com a National Osteoporosis Foundation.

A nova droga parece promissora, de acordo com o ensaio clínico conduzido pela Radius, cujos resultados foram publicados na terça-feira na JAMA, a revista da American Medical Association. O teste comparou o novo fármaco - a abaloparatida - com um placebo, e com o outro único fármaco de construção óssea no mercado, o Forteo da Eli Lilly.

Se o medicamento da Radius for aprovado, competirá com o Forteo, cujo preço médio de varejo é agora de 3.100 dólares, para um fornecimento de quatro semanas, disse Michael Rea, diretor executivo da Rx Savings Solutions, a empresa fornecedora de informações sobre preços de remédios prescritos. Esse valor é o triplo do preço médio da droga em 2010, disse ele, acrescentando que nos últimos três anos, a Lilly aumentou o preço do Forteo duas vezes por ano em percentuais que variaram de 9 a 15%, a cada vez.

A Lilly confirmou a periodicidade dos aumentos, e forneceu os preços de atacado para sua droga. Em 2010, o preço de atacado do Forteo foi de US $ 947,20, e em 2016 alcançou US $ 2,557.77.

Embora especialistas médicos esperem fervorosamente que o medicamento da Radius, se aprovado, custe menos do que o Forteo, isso ainda não é uma certeza. A Dra. Lorraine A. Fitzpatrick, médica-chefe da Radius, a pequena start-up responsável pela nova droga, recusou-se a discutir o preço. Se o medicamento Radius for aprovado, será o primeiro produto da empresa.

Com o alto preço do Forteo, as seguradoras se recusam a cobri-lo, e mesmo quando o fazem, os pacientes podem enfrentar franquias altas, dizem os médicos que tratam a doença. As seguradoras muitas vezes insistem que os pacientes de alto risco, primeiro tentem uma opção mais barata, uma classe de drogas chamadas bisfosfonatos, que inclui o Fosamax.  Isso diminui a perda de osso existente, mas não reconstrói osso. Apesar de custarem apenas centavos por dia, podem apresentar efeitos colaterais muito raros - uma quebra repentina do fêmur, ou uma erosão da mandíbula. Muitos pacientes de alto risco estão aterrorizados com os efeitos colaterais da droga, e decidem simplesmente não tomar nada, em vez de tentar esses medicamentos iniciais.

"Eu vejo isso o tempo todo", disse o Dr. Steven L. Teitelbaum, especialista em osteoporose da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, que não esteve envolvido no ensaio clínico do novo medicamento. "Os pacientes não são tratados". O preço do Forteo, ele disse, é "obsceno".

J. Scott MacGregor, porta-voz da Lilly, informou por e-mail que "a retórica sobre o preço das drogas representa um falso debate - uma questão de custo-benefício". Ele acrescentou que a Lilly mantém vários programas para auxiliar pacientes nos pagamentos e negociação de preços com as seguradoras . E, complementou informando sobre os altos custos para produção do Forteo.


O alto preço do Forteo é o cerne do problema de obter a droga para quem precisa dela, disse a Dra. Dolores Shoake, professora de medicina da Universidade da Califórnia em São Francisco. "O custo no setor privado está ficando proibitivo", disse ela. "Você precisa buscar um motivo, encontrar uma razão muito forte e convincente para obter a aprovação do Forteo por uma seguradora, acrescentou. "Nós achamos que pode ser extremamente difícil cobri-lo".

Da mesma forma que o Forteo, o novo fármaco deverá ser injetado diariamente, mas é um derivado de um hormônio diferente - que apenas estimula o crescimento ósseo. A droga feita pela Lilly estimula tanto o crescimento ósseo, como a perda óssea, embora o efeito líquido seja de ganho ósseo.

Com a droga da Radius, furos da osteoporose parecem preenchidos mais rapidamente do que com o medicamento da Lilly. Mas o estudo não foi suficientemente abrangente para determinar se isso se traduz em menos fraturas. Ambas as drogas mostraram-se muito melhores que o placebo. Após 18 meses, quatro mulheres entre as 824 que tomaram o medicamento Radius, tiveram uma nova fratura da coluna vertebral, em comparação com seis das 818 que tomaram a droga Lilly, e 30 das 821 tomando placebo.

A Radius solicitou autorização da FDA (Food and Drug Administration, agência americana de controle)  para comercializar o medicamento.

A osteoporose não é uma única doença, e não há um tratamento universal que funcione para todos, disse o Dr. Teitelbaum. Na Universidade de Washington e em outros centros médicos com foco principal na osteoporose, os especialistas realizam biópsias ósseas para decidir qual droga é melhor para um paciente de alto risco. Alguns pacientes perdem osso muito rapidamente. Para eles, é preferível um bisfosfonato ou outro fármaco injetável semelhante - a Prolia, fabricado pela Amgen. Aqueles com reconstrução óssea mais lenta precisam de uma droga que acelere o processo. Até agora, a única droga do tipo era o Forteo.

Os pacientes, geralmente, podem tomar o Forteo por até dois anos, pois verificou-se aumento na incidência de câncer em ossos de ratos. Até agora, isso não foi constatado em seres humanos, informou o Dr. Henry M. Kronenberg, chefe da unidade endócrina do Hospital Geral de Massachusetts. Mas o F.D.A. exige que o medicamento contenha, no rótulo, informações sobre os efeitos nos ratos. Dois anos, também, é o prazo que as apólices de seguro , em geral, pagam pelo tratamento.

O desenvolvimento da nova droga surgiu da pesquisa sobre o câncer. Dois endocrinologistas, o Dr. Andrew F. Stewart, agora diretor do instituto Diabetes, Obesidade e Metabolismo da Icahn Escola de Medicina, no Monte Sinai, e seu mentor, Dr. Arthur E. Broadus, da Universidade de Yale, tentaram descobrir por que alguns pacientes com câncer tinham quantidades excessivas de cálcio no sangue. É uma condição perigosa, levando à fraqueza excessiva e até ao coma. Quando os médicos estudaram tumores que provocaram liberação de cálcio dos esqueletos de alguns pacientes, descobriram que o câncer secretava um hormônio ainda desconhecido, e que afetava os níveis de cálcio no sangue.

Mas como um hormônio poderia causar altos níveis de cálcio no sangue, removendo cálcio dos ossos e também causando crescimento ósseo?

"Parece um contra-senso", disse Stewart. "Mas a magia depende inteiramente de como você administra a substância." Ele explicou que um fluxo contínuo do hormônio lixa o cálcio do esqueleto, mas que um único pico do hormônio constrói o osso.

A droga fabricada pela Lilly baseia-se em outro hormônio, que também faz lixiviar cálcio dos ossos, quando administrado continuamente. Mas, se for administrado uma vez por dia, provoca construção e desconstrução nos ossos. Essa é a base para o medicamento da Lilly. O hormônio descoberto pelos doutores Stewart e Broadus, tornou-se a base para a nova droga produzida pela Radius.

A grande questão - além do preço - é : qual medicamento de construção óssea é melhor para prevenir fraturas?  Isso, infelizmente, pode nunca ser conhecido. 
Em seu artigo, o Dr. Miller, o principal autor do novo ensaio clínico e diretor-médico do Centro para Pesquisas Ósseas, em Lakewood, Colorado, e seus colegas, observam que serão necessários estudos em 44 mil pacientes para constatar uma diferença significativa. O F.D.A. exige apenas que o novo medicamento seja, pelo menos, tão bom quanto o existente, o que o recente estudo já demonstrou.


Gostou? Acha que poderia ser útil para mais alguém? Enriqueça suas redes sociais compartilhando num dos ícones abaixo (facebook, google, twitter).