segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Intestino robótico - Benefícios para os pacientes e o fim dos testes em animais






Disseminando conhecimentos - Exercícios de tradução


Chegará o dia em que médicos em treinamento poderão utilizar um intestino delgado robótico para aperfeiçoar certas práticas médicas e testar novos tratamentos em dispositivos feitos pelo homem, e não mais em animais.

O professor de engenharia mecânica, Mark Rentschler (na extrema direita) com alunos de pós-graduação (da esquerda para a direita) Levi Pearson, Greg Formosa e Micah Prendergast exibem uma versão maximizada de um cólon sintético criado em um avançado projeto de modelagem. Rentschler é o cientista líder do projeto na Universidade Boulder do Colorado, que visa o desenvolvimento do sofisticado intestino delgado robótico. (Foto de Patrick Campbell, Universidade do Colorado)

O professor Mark Rentschler está liderando o esforço para desenvolver um intestino delgado artificial e robótico para uso em laboratórios médicos. A pesquisa é financiada por uma doação de US$ 1,25 milhões da National Science Foundation.

Embora o intestino delgado geralmente seja considerado como, simplesmente, uma longa bobina de tubo rosa dentro do abdômen, a verdade é muito mais complexa. O órgão é constituído por "músculo liso", um tipo de músculo que funciona de forma autônoma no corpo.

Pense em seu esôfago - ao engolir alimentos, uma série de músculos lisos expandem e contraem-se um após o outro para mover a comida desde boca até o estômago. O intestino delgado funciona de forma semelhante, avançando lentamente alimentos e nutrientes através do trato digestivo.

"Nosso objetivo é fazer algo que funcione da mesma maneira, onde tenhamos um tubo de músculos sintéticos que possam sentir um ao outro, então, quando se contraem, o músculo adjacente a ele sente essa mudança e sabe que precisa se contrair em seguida ", Rentschler diz.

A ideia de um intestino delgado robótico pode parecer estranha, já que os dispositivos robóticos são frequentemente considerados rígidos e duros. No entanto, Rentschler e uma equipe interdisciplinar de pesquisadores da Universidade, incluindo o professor assistente de engenharia mecânica, Christoph Keplinger, estão desafiando essa percepção.

O QUE É IMPORTANTE SABER...
  • O novo dispositivo tem implicações no tratamento de doenças, melhorando o treinamento médico.
  • O material flexível e macio possui sensores, e pode se expandir e contrair sob demanda.
  • O dispositivo tem potencial para acelerar a pesquisa biomédica, e reduzir os testes em animais.
"As pessoas costumam imaginar robôs como sendo metálicos e desajeitados, mas agora estamos desenvolvendo materiais mais suaves e circuitos eletrônicos maleáveis​​", diz Keplinger.

A equipe aproveitará uma tecnologia emergente de robotização, criada por Keplinger, usando uma espécie de material flexível, semelhante a borracha revestida com sensores. Permitindo contrações e expansões conforme a necessidade.

Além de Rentschler e Keplinger, a equipe de pesquisa conta com o professor de informática Nikolaus Correll, o professor de engenharia mecânica J. Sean Humbert, e vários estudantes de graduação e pós-graduação.

Em última análise, Rentschler projeta o intestino delgado artificial como uma ferramenta para acelerar a pesquisa médica e a avaliação de novos aparelhos e tratamentos de colonoscopia e câncer colorretal e, simultaneamente, reduzir os testes em animais.

"Atualmente, esse tipo de trabalho geralmente é feito com porcos, mas seu tamanho, obviamente, não é o mesmo dos humanos, além de algumas diferenças anatômicas ", - diz Rentschler -  "Ser capaz de fazer testes com um sistema robótico que mais se aproxima das reações humanas, agilizaria a chegada de ajuda aos pacientes."

Também será uma poderosa ferramenta para treinamentos. Embora muitas colonoscopias sejam realizadas por gastroenterologistas, elas também são realizadas por cirurgiões gerais e até mesmo médicos de clínica geral. Este sistema ofereceria uma nova maneira para que os médicos refinem suas habilidades antes de tratarem os pacientes.

"A capacidade de desenvolver uma simulação de alta qualidade é muito atraente ", diz Rentschler. "Isso disponibilizaria opções que atualmente não existem."



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texto original em inglês / original text











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