segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Cannabis - Canabinoides e Quimioterapia - A associação que mata células cancerosas



Disseminando conhecimentos - Exercício de tradução

Um novo estudo confirma que os canabinoides, uma classe de substâncias químicas ativas na cannabis, são eficazes em matar células de leucemia. Também relata que a combinação de produtos químicos, bem como a ordem em que são administrados, é importante. As descobertas, sem dúvida, abrirão portas para tratamentos mais efetivos.

Os canabinoides, também conhecidos como fitocanabinoides, atuam como receptores canabinoides no cérebro. A mais conhecida dessas substâncias químicas, e uma das mais psicoativas, é o tetrahidrocanabinol (THC).

Até hoje, existem mais de 100 canabinoides identificados, todos com diferentes propriedades e perfis químicos.

E, nos últimos anos, os potenciais efeitos anticancerígenos dos canabinoides ganharam os holofotesEstudos laboratoriais e em animais demonstraram que certos canabinoides inibem o crescimento tumoral promovendo a morte celular, reduzindo o crescimento de células, e bloqueando o desenvolvimento de vasos sanguíneos que alimentam o tumor.
Por exemplo, o canabinoide delta-9-THC pode enfraquecer ou matar células de câncer de fígado
De forma semelhante, o canabidiol é eficaz contra receptores positivo e negativo de estrogênio em células de câncer de mama, sem danificar o tecido saudável.

Canabinoides e leucemia
Uma série de canabinoides também mostraram ser úteis no combate, com sucesso, à células de leucemia. Leucemia é um câncer de medula óssea e outros órgãos formadores do sangue.
Pesquisas anteriores descobriram que algumas dessas substâncias químicas, quando usadas ​​em combinação, tornam-se assassinas ainda mais potentes de células cancerosas. Um novo estudo publicado recentemente na Revista Internacional de Oncologia, explorou essas combinações com maior profundidade. 

Foi também analisado o potencial uso de canabinoides em conjunto com a quimioterapia das drogas citarabina e vincristina.Os pesquisadores foram liderados pelo Dr. Wai Liu, da St George, na Universidade de Londres, Reino Unido. 

Estudando células de câncer, a equipe testou várias combinações de canabinoides e medicamentos de quimioterapia, tentando identificar os agrupamentos mais efetivos. Também tentaram descobrir se a ordem em que os produtos químicos foram administrados faria diferença na taxa de sucesso.Concluíram que canabidiol e THC, quando usados sozinhos, matam células de leucemia. 
No entanto, quando usados em conjunto, a potência foi significativamente melhorada; ou seja, o todo mostrou-se maior do que a soma das partes.

Também foi demonstrado que uma dose inicial de quimioterapia, seguida de canabinoides, obteve resultados globais melhorados contra as células da leucemia. Combinar quimioterapia com canabinoides proporcionou melhores resultados do que a quimioterapia isolada, ou a combinação de canabidiol e THC. 
Porém, essa potência aumentada só foi observada quando os canabinoides foram administrados após a quimioterapia, e não o contrário.

Melhorando o tratamento futuro da leucemia
Espera-se que, no futuro, esses tipos de descobertas melhorem a eficácia do tratamento da leucemia, bem como do câncer em geral. Além de reduzir o impacto da quimioterapia nos pacientes.Atualmente, os efeitos colaterais da quimioterapia podem ser graves; incluem perda de cabelo, feridas na boca, náuseas e vômitos, diarreia, e um risco aumentado de infecção. O uso de canabinoides teria o potencial de permitir aos clínicos reduzirem a dose de quimioterapia, sem perder a eficácia anticancerígena.

"Nós mostramos, pela primeira vez, que a ordem em que os canabinoides e a quimioterapia são utilizados é crucial para determinar a eficácia geral desse tratamento. [...] Os canabinoides são uma perspectiva empolgante na oncologia"
Dr. Wai Liu

Os resultados são promissores. Parece que o peso da evidência que apóia a eficácia dos canabinoides contra as células cancerosas mexeu na balança. 
Como diz o Dr. Liu, o foco agora está em estabelecer "as melhores maneiras de serem empregados para maximizar um efeito terapêutico."

Dr. Liu também observa que "esses extratos são altamente concentrados e purificados, então fumar maconha não terá efeito semelhante."


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