Mude
sua visão: Adaptando-se à vida de freelancer
Traduzido
por Eduardo Rodrigues
original em
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https://blog.freelancersunion.org/2018/03/16/shifting-mindsets-adapting-to-the-freelancers-life/?fbclid=IwAR1c_yCgM27FVXvKUtAYIO5q-FrfK1hNvj2g916UhNbOrJJVTo16KTCpvfg
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é uma postagem de um membro da comunidade Freelancers Union. Se você
estiver interessado em compartilhar sua experiência, sua história
ou algum conselho que ajudará um colega freelancer, sinta-se à
vontade para enviar seu post para nós.
Quando
pensava em deixar meu emprego de tempo integral para me tornar
freelancer, achei que tudo do que realmente precisaria para dar certo
era de tempo. E, é claro, eu esperava ter bastante tempo, uma vez
que "das nove às cinco" não seria mais uma prioridade. Meus planos
eram renovar e relançar o meu site em algumas semanas, e ter novos
clientes batendo na minha porta virtual em mais duas semanas. Pensei
ser capaz de produzir regularmente uma tonelada de bons trabalhos e
com sucesso, sem nenhum obstáculo, pois agora eu teria todo o tempo
a minha disposição.
Desnecessário
seria dizer que isso não aconteceu.
Enquanto
lutava para obter um progresso real naqueles primeiros dias de
construção do meu negócio a partir do zero, percebi algo vital - o
tempo não é o único ingrediente necessário na receita para o
sucesso. Estava faltando uma das ferramentas mais importantes para
avançar no meu novo empreendimento: Um estado mental apropriado à
vida de um freelancer.
Perdendo
a mentalidade de empregado
À
medida que vivemos, certas idéias tomam conta de nossas mentes e
criam um conjunto de atitudes que nos ajudam a interpretar ou
responder à vida de determinada maneira. Depois de anos trabalhando
como funcionário, adquiri meu próprio conjunto de atitudes que,
querendo ou não, impuseram uma mentalidade adequada para um empregado.
Quando decidi viver por conta própria para construir a empresa
freelancer dos meus sonhos, inconscientemente carreguei essa
mentalidade comigo e tentei usar minhas preconcepções para me
ajudar com a tarefa em mãos. Claro que não funcionou. Eu era como
um faz-tudo tentando usar um martelo de plástico como
ferramenta - não totalmente impossível, apenas não muito eficaz.
Comecei
a pensar que existiam certas ideias que precisavam ser descartadas e
outras idéias que precisavam ser adaptadas para que meus esforços
de freelancer fossem realmente bem-sucedidos e proveitosos. É claro
que nem tudo o que aprendi antes seria agora inaplicável. Na
verdade, a maioria das ideias ainda é tão valiosa quanto antes. No
entanto, existem algumas diferenças entre trabalhar como funcionário
de uma empresa e ser freelancer que precisam ser abordadas, compreendidas
e aceitas.
Essas
idéias são diferentes entre as pessoas, pois cada indivíduo
processa informações e experiências de maneira diversa. Para mim,
tudo se resume a esses três conceitos:
Individualidade
A
individualidade é o combustível do empreendedorismo solo. Essa é a
única ideia que ainda continua bombando em meu cérebro: as
preferências pessoais não apenas importam em pequenos
empreendimentos, mas são uma de suas principais fontes de energia.
Esta ideia contradiz notoriamente a mentalidade de um empregado. Em
uma empresa de qualquer tamanho, a preferência do chefe é o que
importa e a capacidade de um funcionário de satisfazer a visão da
administração é o que é mais valorizado. No entanto, em um
pequeno negócio criativo, a visão do proprietário é o que o
impulsiona. Ninguém mais se preocupa tanto com esse negócio do que o dono da empresa, nem é capaz de ver as metas finais também.
Uma empreendimento individual é, na maioria das vezes, o espetáculo
de um homem só; portanto, está intrinsecamente ligado à
personalidade, objetivos, ética de trabalho e até à moral do
empreendedor. Descobri que precisava adaptar conscientemente esse
novo pensamento para mim, pois continuava sentindo que precisava da
permissão ou aprovação de alguém para seguir em frente com minhas
idéias.
Bizarro,
certo? Era, e às vezes ainda é contra-intuitivo confiar em meu
instinto em certas escolhas que preciso fazer sobre a direção geral
de meus negócios, estratégias e criatividade. Entretanto, quanto
mais trabalho em estabelecer minha empresa, mais compreendo que minha
individualidade desempenha um papel fundamental em sua saúde. E isso
é um pensamento maravilhosamente libertador.
Tempo
Seu
tempo pode ser mais seu. Embora sendo tanto uma responsabilidade
quanto um privilégio, ter a capacidade de definir sua própria
agenda é outro aspecto fundamental de ser um freelancer. Em
contraste, a semana de um funcionário é principalmente governada
por cinco jornadas de trabalho de oito horas. Esses tempos de
trabalho são estritamente mantidos e não podem ser alterados,
exceto em emergências, compromissos ou outras circunstâncias
especiais. O empregado tem que trabalhar para o cronograma em vez do
cronograma trabalhar para o empregado.
Eu
tenho o dever e o privilégio de dizer a mim mesmo quando devo
trabalhar. Estar repentinamente livre das “nove às cinco” pode
te levar a trabalhar muito duro e o tempo todo para tentar provar que
você ainda é um indivíduo merecedor. Também pode levar a quase
nunca trabalhar. Nos meses desde que comecei a trabalhar como
freelancer, fiz os dois. E descobri que ambos os cenários são muito
contraproducentes para o crescimento de um negócio.
Planejamento
Agora
estou tentando mudar isso montando uma agenda que funcione com meus
pontos fortes e fracos. Tento levar em consideração minha
personalidade, meus períodos mais produtivos e os outros
compromissos. Evito ficar sobrecarregado quando as coisas não saem
tão rápido quanto planejei e aprendo com esses erros de
planejamento. Corrijo meus planos para encontrar um sistema no qual
eu consiga me manter e que possa se tornar uma fonte de produtividade
sustentável com o passar das semanas, meses e anos de freelancing. O
pensamento de que agora posso criar uma agenda na qual eu trabalhe
melhor é outro conceito novo e desconcertante para mim.
A
espera acabou
Pensando
nos meus tempos de trabalho em período integral, lembro-me de
sentir, na maioria das manhãs, o peso de trabalhar por obrigação
e, somente ao retornar para casa ou no fim de semana realmente
começava a viver plenamente. Essa mentalidade além de me desanimar,
também me deixava insatisfeito às vezes quando a carreguei para a
minha jornada de freelancer. Pensamentos como: "Uma vez que
minha renda mensal atingir certo nível, poderei relaxar um pouco e
viver", ou "Quando me estabelecer como um designer
freelancer com um fluxo consistente de projetos, vou começar
realmente a gostar disso ”, frequentemente passavam pela minha
cabeça.
No
entanto, comecei a entender que cada momento da jornada de freelancer
ainda é o melhor para mim. Mesmo quando estou lutando para encontrar
trabalho e tenho que sacrificar certos luxos, percebo que sou feliz.
Mesmo quando as coisas não saem como planejadas ou de forma tão
suave quanto as imaginei, percebo que prefiro estar fazendo isso do
que qualquer outra coisa. O que mais quero é ter um estilo de vida
que ofereça liberdade criativa e flexibilidade. Tendo isso, eu tenho
tudo.
A
verdade é que a espera acabou. Posso parar de esperar e começar a
viver o sonho.
Quando
entendo tal postura, tudo fica muito mais fácil. Não é mais
estranho trabalhar no meio da noite, se necessário. Nem é tão
difícil lutar para dar um passo extra em um projeto específico.
Perceber que estou onde quero me ajuda a navegar pelas águas
incertas do empreendedorismo solo de forma agradável e audaciosa.
A
atitude mental correta para o trabalho
Qualquer
resultado bem-sucedido deve começar com a mentalidade certa para o
trabalho e essas três prioridades me ajudam a calibrar o foco em meu
objetivo toda vez que me sinto desorientado na direção que estou
tomando, quando não tenho certeza se estou fazendo a coisa certa
para o meu negócio, ou quando meus esforços parecem fúteis. Se
você ainda não pensou sobre o que pode estar atrapalhando seu
progresso, em qualquer esfera que esteja, verifique os conceitos que
compõem sua mentalidade e decida se ainda são os melhores
companheiros em seus empreendimentos.
Pensamento
feliz,
Sou
designer gráfica, ilustradora e fundadora da Useful Arts. Comecei a
Useful Arts para poder empregar tudo o que aprendi enquanto
trabalhava em vários setores, como educação, maquiagem e até
finanças, e solucionar de maneira única os quebra-cabeças visuais
usando o design ilustrativo.
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