segunda-feira, 11 de março de 2019

Concurso de tradução do PROZ - Benevolent deception of placebo effects button



MINHA TRADUÇÃO

A fraude bem-intencionada do botão de efeito placebo 
(ou....Aperte aqui e sorria: você está sendo enganado)

Ao longo de muitos anos, sem fazer alarde, as autoridades de Nova York desativaram a maioria dos botões que controlavam os sinais de pedestres nos cruzamentos da cidade. Na avaliação daquelas autoridades, temporizadores computadorizados quase sempre funcionam melhor. Em 2004, menos de 750 dos 3.250 estavam operacionais. O governo da cidade, no entanto, não retirou os botões desativados – induzindo a inúmeros acionamentos inúteis via dedos desavisados.


Inicialmente, devido ao custo para removê-los, os botões sobreviveram. Mas, descobriu-se que, apesar de inoperantes, eles serviam a um propósito. Os pedestres que acionam o mecanismo são menos propensos a atravessar antes do homenzinho verde aparecer, declarou Tal Oron-Gilad, da Universidade Ben-Gurion de Negev, em Israel. Tendo estudado o comportamento nos cruzamentos, ela observa que as pessoas são mais propensas a obedecerem a um sistema que acata comandos humanos.

Botões inoperantes produzem efeitos placebo desse tipo porque as pessoas apreciam a sensação de controle sobre os sistemas que estão usando, diz Eytan Adar, especialista em interação homem-computador da Universidade de Michigan, em Ann Arbor. O Dr. Adar observa que seus alunos geralmente projetam software com um botão clicável "salvar", que não tem outro papel senão o de tranquilizar os usuários que não sabem que a digitação é salva automaticamente. Pense nisso, ele diz, como uma “mentirinha” benevolente para combater a frieza inerente ao mundo das máquinas.

Esse é um ponto de vista. Mas, pelo menos nos cruzamentos, botões placebo também podem ter um lado mais sombrio. Ralf Risser, chefe do FACTUM, um instituto vienense que estuda fatores psicológicos em sistemas de trânsito, avalia que o consequente ressentimento provocado pela consciência dos pedestres sobre essa fraude, agora supere os benefícios.


TEXTO ORIGINAL
Over the course of many years, without making any great fuss about it, the authorities in New York disabled most of the control buttons that once operated pedestrian-crossing lights in the city. Computerised timers, they had decided, almost always worked better. By 2004, fewer than 750 of 3,250 such buttons remained functional. The city government did not, however, take the disabled buttons away—beckoning countless fingers to futile pressing.

Initially, the buttons survived because of the cost of removing them. But it turned out that even inoperative buttons serve a purpose. Pedestrians who press a button are less likely to cross before the green man appears, says Tal Oron-Gilad of Ben-Gurion University of the Negev, in Israel. Having studied behaviour at crossings, she notes that people more readily obey a system which purports to heed their input.

Inoperative buttons produce placebo effects of this sort because people like an impression of control over systems they are using, says Eytan Adar, an expert on human-computer interaction at the University of Michigan, Ann Arbor. Dr Adar notes that his students commonly design software with a clickable “save” button that has no role other than to reassure those users who are unaware that their keystrokes are saved automatically anyway. Think of it, he says, as a touch of benevolent deception to counter the inherent coldness of the machine world.

That is one view. But, at road crossings at least, placebo buttons may also have a darker side. Ralf Risser, head of FACTUM, a Viennese institute that studies psychological factors in traffic systems, reckons that pedestrians’ awareness of their existence, and consequent resentment at the deception, now outweighs the benefits.

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