segunda-feira, 25 de março de 2019

Library or bookshop? Fabric or factory? Evitando os "falsos amigos" mais comuns





Traduzido por Eduardo Rodrigues,

Às vezes, mesmo parecendo iguais ou semelhantes em duas línguas diferentes, algumas palavras podem não significar a mesma coisa. Chamamos essas palavras de "falsos amigos" porque parecem ser "amigáveis" e fáceis de aprender, mas acabam nos levando ao erro. Neste post, discutirei alguns falsos amigos com o inglês: Tentei escolher aqueles que são problemáticos para falantes de vários outros idiomas.

Um simples é library. Que é um lugar onde você pega livros emprestados ou simplesmente os consulta. Se quiser comprar livros, você vai a uma bookshop (UK) / bookstore (EUA).
Uma palavra inglesa que frequentemente causa problemas é actual (e o advérbio relacionado, actually). Significa "real" ou "não imaginário", e muitas vezes acrescenta ênfase ao que se descreve. Para falar sobre coisas que acontecem ou existem no momento presente, você precisará da palavra current ou currently .


  • Eu não quero ajuda online. Eu quero falar com uma actual person (pessoa real).
  • He never actually met the president / Ele, realmente/na verdade, nunca encontrou o presidente.
  • My current boss is very young / Meu atual chefe é muito jovem.
  • Currently, there are no jobs available here / Atualmente, não existem empregos disponíveis aqui.
Outra causa comum de confusão é eventual (e o advérbio eventually). Isso significa "no final" ou "após um longo período de tempo". Para falar sobre a possibilidade de que algo possa acontecer, é preciso usar uma palavra como possible ou um verbo modal como might :

  • Eventually we reached an agreement/Finalmente chegamos a um acordo.
  • The eventual cost of the building was much higher than expected / O custo final do edifício foi muito maior do que o esperado.
  • We have a possible solution for your problem / Nós temos uma possível solução para o seu problema.
  • We might have to hire more staff / Podemos ter que contratar mais funcionários.
Um"falso amigo" bastante sutil é sympathetic. Quando descrevemos alguém como ‘sympathetic’, geralmente queremos dizer que tal tipo de pessoa se importa com os nossos problemas e sentem muito por eles. Usamos adjetivos como friendly ou nice para descrevermos alguém de quem gostamos. O inglês usa ‘sympathetic’ para descrever alguém de quem gostamos, mas isso é bastante formal, e é mais frequentemente aplicado a personagens de livros, filmes, etc. do que a pessoas reais:

  • Adam wasn’t very sympathetic when I hurt my leg / Adam não foi muito solidário/solícito quando machuquei minha perna.
  • Eu conheci sua irmã. She’s really nice! / Ela é muito legal!
  • The doctor is portrayed as a sympathetic character / O médico é retratado como um personagem empático.
Terminarei com alguns mais simples. Em inglês, your parents  são apenas seu pai e sua mãe, todas as demais pessoas da sua família são relations ou relatives
Fabric é do que suas roupas são feitas - o lugar onde elas são feitas é uma factory
Money consiste em papel-moeda e moedas - se você quiser pedir a alguém para lhe dar o troco, você precisa pedir por change. Finalmente, se estiver embarassed , você está se sentindo tímida ou envergonhada, mas não está grávida (ter um bebê)!
Portanto, tenha cuidado com essas palavras. Há muitos "falsos amigos" esperando para nos enganar, e você provavelmente será capaz de adicionar mais exemplos aos que discuti aqui.
Gostou? Acha que poderia ser útil para mais alguém? Enriqueça suas redes sociais compartilhando num dos ícones abaixo (facebook, google +, twitter).



segunda-feira, 11 de março de 2019

Concurso de tradução do PROZ - Benevolent deception of placebo effects button



MINHA TRADUÇÃO

A fraude bem-intencionada do botão de efeito placebo 
(ou....Aperte aqui e sorria: você está sendo enganado)

Ao longo de muitos anos, sem fazer alarde, as autoridades de Nova York desativaram a maioria dos botões que controlavam os sinais de pedestres nos cruzamentos da cidade. Na avaliação daquelas autoridades, temporizadores computadorizados quase sempre funcionam melhor. Em 2004, menos de 750 dos 3.250 estavam operacionais. O governo da cidade, no entanto, não retirou os botões desativados – induzindo a inúmeros acionamentos inúteis via dedos desavisados.


Inicialmente, devido ao custo para removê-los, os botões sobreviveram. Mas, descobriu-se que, apesar de inoperantes, eles serviam a um propósito. Os pedestres que acionam o mecanismo são menos propensos a atravessar antes do homenzinho verde aparecer, declarou Tal Oron-Gilad, da Universidade Ben-Gurion de Negev, em Israel. Tendo estudado o comportamento nos cruzamentos, ela observa que as pessoas são mais propensas a obedecerem a um sistema que acata comandos humanos.

Botões inoperantes produzem efeitos placebo desse tipo porque as pessoas apreciam a sensação de controle sobre os sistemas que estão usando, diz Eytan Adar, especialista em interação homem-computador da Universidade de Michigan, em Ann Arbor. O Dr. Adar observa que seus alunos geralmente projetam software com um botão clicável "salvar", que não tem outro papel senão o de tranquilizar os usuários que não sabem que a digitação é salva automaticamente. Pense nisso, ele diz, como uma “mentirinha” benevolente para combater a frieza inerente ao mundo das máquinas.

Esse é um ponto de vista. Mas, pelo menos nos cruzamentos, botões placebo também podem ter um lado mais sombrio. Ralf Risser, chefe do FACTUM, um instituto vienense que estuda fatores psicológicos em sistemas de trânsito, avalia que o consequente ressentimento provocado pela consciência dos pedestres sobre essa fraude, agora supere os benefícios.


TEXTO ORIGINAL
Over the course of many years, without making any great fuss about it, the authorities in New York disabled most of the control buttons that once operated pedestrian-crossing lights in the city. Computerised timers, they had decided, almost always worked better. By 2004, fewer than 750 of 3,250 such buttons remained functional. The city government did not, however, take the disabled buttons away—beckoning countless fingers to futile pressing.

Initially, the buttons survived because of the cost of removing them. But it turned out that even inoperative buttons serve a purpose. Pedestrians who press a button are less likely to cross before the green man appears, says Tal Oron-Gilad of Ben-Gurion University of the Negev, in Israel. Having studied behaviour at crossings, she notes that people more readily obey a system which purports to heed their input.

Inoperative buttons produce placebo effects of this sort because people like an impression of control over systems they are using, says Eytan Adar, an expert on human-computer interaction at the University of Michigan, Ann Arbor. Dr Adar notes that his students commonly design software with a clickable “save” button that has no role other than to reassure those users who are unaware that their keystrokes are saved automatically anyway. Think of it, he says, as a touch of benevolent deception to counter the inherent coldness of the machine world.

That is one view. But, at road crossings at least, placebo buttons may also have a darker side. Ralf Risser, head of FACTUM, a Viennese institute that studies psychological factors in traffic systems, reckons that pedestrians’ awareness of their existence, and consequent resentment at the deception, now outweighs the benefits.

Gostou? Acha que poderia ser útil para mais alguém? Enriqueça suas redes sociais compartilhando num dos ícones abaixo (facebook, twitter).